23 outubro, 2009

33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Escreverei minhas opiniões aqui para eu mesmo não esquecer depois:

Dia 22 , Quarta-Feira:

Fui convidado pela Cosac Naify (não me pergunte porque, acho que erraram o email) para ir, com um acompanhante a abertura da Mostra de Cinema desse ano. Estou bem animado porque pela primeira vez não estou estudando durante esses dias e ainda por cima de férias da Livraria.

Fui com a Takai no Auditório do Ibirapuera, demos o nome e entramos bonitinho. Nunca tinha ido lá, o velhinho do Niemeyer é muito bom, né? Muito bonito o auditório. O Isay Weinfeld ficou andando por lá com um que de inveja que eu vi. Ruim que não serviram nem água, nem nada para comer. Que indelicadeza! Nunca sou convidado pra nada, quando sou não ganho nem um canapé.

Ficamos sentadinhos lá no sofá. Contardo Calligaris veio sentar ao nosso lado com a graciosa esposa mas não demos bola pra eles! O filme estava marcado para as 21h e já eram 21h40 e nada. Logo quando vimos o Sergio Bianchi perto da gente (o cara é mto bom), acompanhado da Beatriz Bracher (nem vou falar nada dela), abriram o a sala e todo mundo entrou... aliás, parecia o Brás de manhã todo mundo se apertando pra subir a rampa. Mesmo assim, lá dentro da sala, enrolaram até umas 22h20 para subir ao palco o careca do Cakoff e a Renata Almeida com o "FALA GA-RO-TO" Sergio Groissman.

Que porre que foi! Não, ninguém vai ter idéia. A Mostra tem uns vinte patrocinadores, cada um tinha um representante que subia no palco (galerinha batia palma), falava da 'empresa' (petrobras, sabesp, sesc, itamaraty...) , de cultura, da mostra, agradecia o Leon e a Renata e saía (mais palmas). Essa palhaçada se repetiu no mínimo umas 12 vezes. Pra vocês terem noção até o Ministro do Esporte, Orlando Silva, subiu lá. Fazer o que eu não sei, mas falou umas abobrinhas.

Sempre que achávamos que começaria: "Agora vamos chamar ao palco..." A ponto de até as pessoas 'chiques' que não incluía nem eu, nem a Takai, começarem a reclamar em voz alto. A graça da Renata Almeida pra ajudar contou uma das frases mais bonitinhas do filme mesmo com as pessoas pedindo para ela não contar: "Já preparei e agora vou falar, que não quiser ouvir tampa os ouvidos". Claro! Super fácil não ouvir com aquele microfone e aquela acústica. Os troxas chiques ainda bateram palmas pra ela quando ela disse isso. "Que ousada", deve ter falado alguém.

Para nossa alegria, que estávamos lá só pra isso, às 23h20 começa o filme.


À Procura de Eric:
Ken Loach / Auditório Ibirapuera

Bom, ninguém provavelmente vai ler isso e se ler é porque me conhece e já sabe que não entendo lhufas de cinema. Assisti, por indicação do Isaías, do Ken Loach o fantástico "Terra e Liberdade". Se você não assistiu, vá assistir. É um pouco mais antigo e fala da Guerra Civil Espanhola. Assisti também o curta que tem no youtube.com sobre o 11 de Setembro. (http://www.youtube.com/watch?v=7vrSq4cievs)

Então minha expectativa era bem grande! O que foi ruim.

O filme conta a história do carteiro Eric, que mora com os enteados dele em Londres e que abandonou a ex-mulher e se culpa por isso até hoje. O carteiro é grande fã do seu xará Eric Cantona, grande jogador do Manchester na década de 90. Eric (carteiro) fica conversando com o cartaz do Eric (jogador) até que uma hora o craque aparece no quarto e começa a dar dicas pra vida do protagonista.

Leram "Slam" do Nick Hornby? Mais ou menos a mesma coisa acontece com o Tony Hawk.

O filme tem momentos de emoção, momentos de comoção e vários que dá pra rir. Mas não espere um filme crítico, ácido, nem nada do gênero. Mesmo sendo uma encomenda, achei que seria algo mais, erm, mordaz? Se você for sem expectativa e quiser ver um filme de entretenimento é ótimo. Mas não vá na mostra, espere vir para o circuito comercial. Acredito que estará passando na Sessão da Tarde daqui uns 8 anos.

Nota: 3/5

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