30 outubro, 2009

33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Hoje perdi dois dos quatro filmes que eu assistiria.
Acordei tarde e perdi um que não me lembro o nome, mas cheguei a tempo para o que eu estava querendo:

Topografia de um Desnudo:
Teresa Aguiar / Arteplex

Com um ótimo elenco (Lima Duarte, Ney Latorraca...) reconta a triste história que ocorreu no fim de 1962 no Rio de Janeiro. O zuadérrimo Carlos Lacerda, na época governador da Guanabara, organizou a 'operação mata-mendigos' que o próprio nome diz o que é. Por causa da futura visita da Rainha Elizabeth no Brasil eles resolveram dar uma limpada na cidade e jogavam os mendigos no Rio Guandu.
Foi o primeiro filme da diretora que atua diretamente com ajuda aos moradores de rua. Achei bem bacana!

Nota: 4/5

Natimorto:
Paulo Machline / Arteplex

Ueba! Queria muito assistir o filme. Conheço o Lourenço Mutarelli e o admiro muito, ele escreveu o Cheiro do Ralo e escreveu o livro Natimorto, o qual esse o filme foi baseado. Não contente, é o personagem principal do filme. Já havia feito uma pontinha no Cheiro do Ralo, mas nesse a coisa é muito mais tensa.
Fiquei muito feliz, a sala estava mega lotada, com gente sentada no chão e o filme ficou incrível. O Lawrence tá ótimo e a Simone Spolladore é muito gata. Fora isso a direção foi ótima. Bem a cara dele e da obra dele o filme. Fiquei super curioso para saber o que as outras pessoas acharam, mas acredito que tenham gostado.

Nota: 5/5

Perdi o quarto filme por um ótimo motivo. Fui ver meu Palestra ganhar de 4x0 do Goiás!!!

29 outubro, 2009

33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Olha só! Hoje um monte de filme. Ontem tava com preguiça. Continuo com preguiça hoje, mas se não postasse já começaria a esquecer.

Travessia:
João Batista de Andrade / Arteplex
Filme sobre história contemporânea sempre sai com um ponto na frente comigo. Um documentário sobre a Ditadura saiu com vários, mas conseguiu perder durante os 80 minutos de filme.
O diretor estava lá, foi militante durante os anos de chumbo e inclusive ele, junto com outras pessoas da equipe, acabaram levando o Prestes e outros caras fodas para fora do Brasil. Tinha tudo para ser bom, mas é tão amador que irrita um pouco.
Sabe quando a câmera treme durante as entrevistas, o som era ruim e aumentava e diminuia, parecia que nem tinha tido edição. Os entrevistados são figurinhas batidas e não tinham muito mais a acrescentar do que já fizeram em outras oportunidades.
Não sei se foi por causa que vi outros documentários fantásticos como o Utopia e Barbárie, esse teve a proeza de não me agradar.
Infelizmente mesmo com o diretor lá, não tivemos debate.

Nota: 2/5

Rachel:
Simone Bitton / Arteplex
Saí correndo para a outra sala para assistir outro documentário. Esse trata da garota Racher Corrie, americana, que através de um programa de ativista foi para a Faixa de Gaza militar contra os ataques israelenses e foi morta.
Conheço só o básico do assunto e ver as condições dos palestinos é assustadora. É uma guerra ridícula, desigual. Os judeus (sem generalizar) que tanto sofreram fazem exatamente o mesmo com outro povo, é de irritar.
O filme como filme não é nada demais. Santifica a coitada da menina, mas mesmo assim é bacana.

Nota: 3/5

Jogo Duplo:
Johan Grimonprez / Arteplex
Fui correndo para a outra sala denovo para assistir um filme sobre Guerra Fria. Mas na verdade é um filme que faz um paralelo MUITO engraçado da obra do Hitchcock e a política dos Eua e URSS na época.
Sou ridículo em conhecimentos cinematográficos, mas fiquei com muita vontade de conhecer mais o Alfred e até comprei "Os Pássaros" na menina da Augusta que vende filminhos em frente o Espaço Unibanco.
Dei risadas, mas tive que sair um pouco antes do fim para assistir o esperado do dia, o que todo mundo tinha comentado comigo que seria um estouro, um dos melhores filmes do ano, várias críticas boas no festival do Rio, eis...

Independência:
Raya Martin / Arteplex

Uéon, uéon, uéééon.
A fila estava hiper-mega-gigantesca mas eis que aparece o Brunão e salvou minha vida, consegui marotar lá com ele e entrei a tempo de conseguir um bom lugar. Na verdade um bom lugar teria sido fora da sala.
Pensei no mínimo umas 19 vezes em sair antes de acabar. Admito que eu já estava um pouco cansado. Admito que tenho problemas com filmes extremamente 'artísticos'. Esse conta uma história nas Filipinas, é em preto e branco com algumas interferências de cores e se passa 90% em uma floresta.
Meu deus! Que porre! A única cena legal é quando o personagem principal perde seu filho na floresta no meio de uma tempestade. Até me deu uma acordada. Vou até falar o fim para vocês não assistirem: a mãe e o pai morrem e o menino se joga do penhasco e morre. Salvei vocês.
Quando saí perguntei pro Bruno que ele achou, segundo ele foi o melhor filme do ano.

Nota: 2/5 (1 ponto pela cena da tempestade)


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Hoje assisti:

Maré de Areia:
Gustavo Montiel Pages / Arteplex

Meu! Não esperava nada e foi legalzinho. É um filme argentino sobre um pintor, sua ex-mulher, seu filhinho e outros personagens que não interessam TANTO. É bem feito, tem uma fotografia bem bonita e uma história razoável sobre amor e muerte! :D

Nota: 4/5

Bananas!:
Fredrik Gertten / Bombril
Esse eu fui na pegada. Meu, a história de plantadores de bananas contra uma indústria fodida? Legal! É uma história ferrada mesmo, dá uma raiva desgraçada mesmo, neguinho para ganhar dinheiro acaba com a vida de quantos for preciso.
O que me irritou no filme foi o foco dado em um dos advogados. Parece que ele é o herói, o bonzinho, quando na verdade ele só quer grana. Mostra a casa dele, a Ferrari, os charutos.
Quando acabou o diretor levantou e surpreendeu todo mundo. Falamos um pouco com ele, falei esse negócio do advogado, ele concordou, mas me pareceu que ele acha normal o cara querer ganhar uma grana em cima. Claro que acha, ele também fez um filme em cima dos caras e quer grana.

Nota: 3/5


Garimpeiro:
Marc Barrat / Bombril

Fiquei na mesma sala, começou o filme, o cara tomou um tiro e parou. O diretor tava lá e queria se apresentar. Se apresentou, recomeçou o filme, o cara tomou o tiro denovo e continuou.
O filme mostra dois caras chegando de Paris na Guiana Francesa. Um deles nasceu lá e durante o filme descobrimos seu passado. Porra, achei bem legal. Não sabia bulhufas de lá. O amigo do cara que está voltando fica ficcionado pela busca por ouro.
Depois teria um debate, mas todo mundo foi embora! :(


Os Inquilinos:
Sergio Bianchi / HSBC

Ueba! Encontrei a Takai (muah!) e fomos assistir o novo filme do Sergio Bianchi, com roteiro da Beatriz Bracher (muah!). Com toda a vergonha do mundo elogiamos o Sergio Bianchi lá fora enquanto ele e a Takai fumavam. Entramos pro filme, denovo o Contardo Calligaris com a graça da mulher dele sentaram perto de nós! Não quero entrosar, falei pra eles.
O filme é ótimo. Mostra o dia-a-dia de uma família pobre e a reviravolta em suas vidas quando três novos inquilinos violentos se mudam para a casa ao lado. Sabe o que eu fico abismado? Não, óbvio. Então, várias coisas. Como em todos os filmes o Sergio Bianchi consegue fazer uma crítica fodida mostrando apenas o que acontece. Sem exagerar, sem fazer caricaturas, nem nada. A fotografia tá ótima. Os dois atores principais excelentes. E como os diálogos são reais, não é nada forçado, não parece que você está assistindo uma ficção.
No fim, parabenizamos a Beatriz e eu morri de vergonha.

Nota: 5/5

26 outubro, 2009

33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Hoje só dois filmes.

Mamonas para Sempre
Claudio Kahns / Reserva

Acordei tarde e saí correndo para chegar ao meio-dia na Paulista. Assisti o documentário sobre os Mamonas Assassinas. O filme é o clássico do clássico do documentário normal. Imagina um documentário normal, imaginou? Esse era mais normal.

O diretor entrevista algumas (poucas) pessoas que falam sobre o grupo. Os dois produtores, família dos integrantes, um cara que abria sua casa de show no começo do grupo e... algumas gravações dos próprios mamonas. Saí de lá feliz, não tem como não dar risada com as músicas e as gracinhas do Dinho e cia. É assustador o sucesso que fizeram em 10 meses. Mas bem que eles mereciam um filme melhor! :D

Nota: 3/5

Louise Michel: A Rebelde
Sólveig Anspach / Arteplex

MEU! TO ZICADO. Fui denovo no HSBC assistir agora um filme chamado La Vida Loca (não, não tem o Ricky Martin) e denovo deu pau na budega. Grr! Troquei o ingresso para assistir alguma outra coisa depois.

Como não dava tempo para assistir outra coisa nesse tempo já fui pro Gay Caneca. Encontrei o Bruno que trabalhava comigo e fizemos amizade com uma simpática Michele. Fui na expectativa de assistir um filme sobre a Comuna de Paris (que é uma história incrível), mas o filme se passa no exílio dos que participaram do evento.

Não tem nem um flashbackzinho. O exílio foi em uma ilha no pacífico, lá tinha: militares opressores, os aborígenes e outros exilados. Fiquei achando parecido com "O Piano", o filme é bacaninha, mas podia ser MUITO melhor. Não me convenceu a direção, nem fotografia, nem a história.

Nota: 3/5

33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Utopia e Barbárie
Silvio Tendler / Espaço Unibanco

Eu sei, eu falei que só segunda, mas hoje eu dei uma escapulida e fui ao cinema. Depois de fazer um concurso ridículo para dar aula na prefeitura tive que ir ao conjunto nacional trocar meus ingressos para essa semana. Bem acompanhado pela Suzina acabamos assistindo "Utopia e Barbárie"

Quem dirige é Silvio Tendler, diretor também "Anos JK", "Jango", "Glauber, o filme" e um documentário ótimo sobre o Milton Santos. Nesse novo filme, que demorou 19 anos para ficar pronto, o recorte é mais amplo. Propõe um debate desde o final da 2ª GM até o Obama.

O filme traz, felizmente, uma visão dos principais episódios que mobilizaram a população e movimentaram a esquerda nas últimas décadas. Fala sobre Revolução Chinesa, Cubana, Allende, Ditaduras na America Latina, Movimentos de 68, Diretas, Vietnã, Queda do Muro, Collor, Iraque, Sionismo, Conflito entre Palestina e Israel e mais. Ou seja, tudo me interessa bastante e que acho que todos deviam saber um pouco para entender algumas coisas que estamos vivendo.

Me surpreendeu a edição do filme, muito bem feita e a qualidade das entrevistas. Entre os entrevistados: Susan Sontag, Eduardo Galeano, Augusto Boal, Ferreira Gullar, Dilma, Leandro Konder e o fantástico Apolônio de Carvalho que faleceu durante a produção do filme e recebe uma merecida dedicatória no final.

Depois do filme um rápido debate com o diretor, algumas perguntas bestas das pessoas e novamente um microfone sem funcionar.

Vejam o trailer:



Nota: 5/5

24 outubro, 2009

33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Hoje começou de verdade a mostra e comecei muito bem. Assisti três filmes, eis:

"Nós Que Ainda Estamos Vivas"
Daniele Cini / Unibanco Arteplex

Fui só, só, somente só, ao Frei Caneca assistir esse filme. Tenho um puta interesse em História Contemporânea e minhas escolhas de filmes a assistir na mostra foram bem baseadas nisso. O tema desse é Ditadura Argentina.

Puta que pariu! Falar que eu chorei mais que um bezerro desmamado é pouco. O filme é fantástico, se passa durante o julgamento de militares argentinos na Itália. Mostra o testemunho de várias mulheres que foram sequestradas e levadas à Escola de Mecânica da Armada (ESMA) onde sofreram torturas, perderam seus filhos, etc.

Dá uma ponta de inveja que nossos torturadores estejam soltos e até indo em livrarias que trabalhamos. Junto aos testemunhos mostram imagens da época e contam histórias ligadas às mães e avós da Praça de Maio. Sério, assistam por favor!

Durante uns 20 minutos a legenda em português sumiu. Tive que usar todo meu sentido aranha pra ouvir em Espanhol, ler a legenda em Inglês e entender. Uma senhorinha foi reclamar e os monitores arrumaram. Primeira falha da mostra, sem contar o fato de não servir nada na abertura.

Nota: 5/5

"Perseguindo Che"
Alizera Rofougaran / CCSP

Saí correndo do Frei Caneca e cheguei uns 10 minutos atrasados para ver esse filme e encontrar minha amiga Marina. Talvez eu nem devesse ter chego tamanha a fanfarronice que foi. Fujam desse filme. Gastem seu tempo vendo outras coisas sobre o cara incrível que foi Ernesto Guevara. Inclusive o do Benicio del Toro que está fantástico. Ou aquele box chamado "Memórias Cubanas" que é ótimo.

Para vocês terem noção o filme começa com Alizera, diretor, falando aonde estudou, como era a vida (burguesa) dele e que ele leu um livro sobre o Che e ficou fascinado e que o exemplo do guerrilheiro ajudou ele em muitas coisas como por exemplo: falar com mulheres e enfrentar seus medos (eis que mostra ele pulando de paraquedas). Depois fala que ele, como o Che, eram de gêmeos (o que depois vemos que não é verdade).

A chamada me parecia ótima "Iraniano segue passos de Che e muda a sua visão sobre a realidade de seu país". Não é?

Bom, mostra o fanfarrão somente na América do Sul. Uma entrevista em Cuba que não pôde ser filmada e nem cita o fracasso que foi a tentativa de guerrilha no Congo. Consegue entrar em contato com pessoas incríveis como seus amigos Granado e Calica. Chega perto de sua filha, mas não a entrevista, fala com guerrilheiros mas nada de interessante.

É um road-movie, mostra a viagem de um burguês iraniano com hobbie em Che pela América Latina.

Nota: 1/5


"Terras"
Maya Da-Rin / Espaço Unibanco

Fui ainda com a Marina ver no HSBC o "Daniel e Ana" às 17h40. Chegamos correndo e suando pro filme dar problema e o cara da mostra falar que não tinha previsão para arrumar, mas que o técnico estava a caminho. Enrolamos um pouco até que ele voltou e falou que teria que trocar o equipamento. Trocamos nossos ingressos e, consultando a bendita programação, fomos ver "Terras" no Espaço Unibanco às 19h com uma amiga que conhecemos lá.

O filme é um documentário sobre o dia-a-dia na fronteira do Brasil, Colombia e Peru. Ficamos bem felizes pois superou a nossa pequena expectativa. O filme tem 80% de imagens e sons e apenas uns 20% de entrevistas e conversas, mesmo assim, as imagens e os sons conseguem dizer muita coisa. A direção e os responsáveis da fotografia foram muito competentes com o projeto. Uma das entrevistadas, que me falaram mas eu esqueci o nome, dá um show a parte sobre a influência da cultura branca nos povos indígenas.

Depois teve um rápido debate com a graciosa diretora do filme e fomos embora. Acabamos passando no teatro coletivo e assistimos por acaso um show da Andreia Dias de graça. Eu não conhecia e gostei!

Nota: 4/5

Agora só segunda, fim-de-semana vai estar muito cheio.

23 outubro, 2009

33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Escreverei minhas opiniões aqui para eu mesmo não esquecer depois:

Dia 22 , Quarta-Feira:

Fui convidado pela Cosac Naify (não me pergunte porque, acho que erraram o email) para ir, com um acompanhante a abertura da Mostra de Cinema desse ano. Estou bem animado porque pela primeira vez não estou estudando durante esses dias e ainda por cima de férias da Livraria.

Fui com a Takai no Auditório do Ibirapuera, demos o nome e entramos bonitinho. Nunca tinha ido lá, o velhinho do Niemeyer é muito bom, né? Muito bonito o auditório. O Isay Weinfeld ficou andando por lá com um que de inveja que eu vi. Ruim que não serviram nem água, nem nada para comer. Que indelicadeza! Nunca sou convidado pra nada, quando sou não ganho nem um canapé.

Ficamos sentadinhos lá no sofá. Contardo Calligaris veio sentar ao nosso lado com a graciosa esposa mas não demos bola pra eles! O filme estava marcado para as 21h e já eram 21h40 e nada. Logo quando vimos o Sergio Bianchi perto da gente (o cara é mto bom), acompanhado da Beatriz Bracher (nem vou falar nada dela), abriram o a sala e todo mundo entrou... aliás, parecia o Brás de manhã todo mundo se apertando pra subir a rampa. Mesmo assim, lá dentro da sala, enrolaram até umas 22h20 para subir ao palco o careca do Cakoff e a Renata Almeida com o "FALA GA-RO-TO" Sergio Groissman.

Que porre que foi! Não, ninguém vai ter idéia. A Mostra tem uns vinte patrocinadores, cada um tinha um representante que subia no palco (galerinha batia palma), falava da 'empresa' (petrobras, sabesp, sesc, itamaraty...) , de cultura, da mostra, agradecia o Leon e a Renata e saía (mais palmas). Essa palhaçada se repetiu no mínimo umas 12 vezes. Pra vocês terem noção até o Ministro do Esporte, Orlando Silva, subiu lá. Fazer o que eu não sei, mas falou umas abobrinhas.

Sempre que achávamos que começaria: "Agora vamos chamar ao palco..." A ponto de até as pessoas 'chiques' que não incluía nem eu, nem a Takai, começarem a reclamar em voz alto. A graça da Renata Almeida pra ajudar contou uma das frases mais bonitinhas do filme mesmo com as pessoas pedindo para ela não contar: "Já preparei e agora vou falar, que não quiser ouvir tampa os ouvidos". Claro! Super fácil não ouvir com aquele microfone e aquela acústica. Os troxas chiques ainda bateram palmas pra ela quando ela disse isso. "Que ousada", deve ter falado alguém.

Para nossa alegria, que estávamos lá só pra isso, às 23h20 começa o filme.


À Procura de Eric:
Ken Loach / Auditório Ibirapuera

Bom, ninguém provavelmente vai ler isso e se ler é porque me conhece e já sabe que não entendo lhufas de cinema. Assisti, por indicação do Isaías, do Ken Loach o fantástico "Terra e Liberdade". Se você não assistiu, vá assistir. É um pouco mais antigo e fala da Guerra Civil Espanhola. Assisti também o curta que tem no youtube.com sobre o 11 de Setembro. (http://www.youtube.com/watch?v=7vrSq4cievs)

Então minha expectativa era bem grande! O que foi ruim.

O filme conta a história do carteiro Eric, que mora com os enteados dele em Londres e que abandonou a ex-mulher e se culpa por isso até hoje. O carteiro é grande fã do seu xará Eric Cantona, grande jogador do Manchester na década de 90. Eric (carteiro) fica conversando com o cartaz do Eric (jogador) até que uma hora o craque aparece no quarto e começa a dar dicas pra vida do protagonista.

Leram "Slam" do Nick Hornby? Mais ou menos a mesma coisa acontece com o Tony Hawk.

O filme tem momentos de emoção, momentos de comoção e vários que dá pra rir. Mas não espere um filme crítico, ácido, nem nada do gênero. Mesmo sendo uma encomenda, achei que seria algo mais, erm, mordaz? Se você for sem expectativa e quiser ver um filme de entretenimento é ótimo. Mas não vá na mostra, espere vir para o circuito comercial. Acredito que estará passando na Sessão da Tarde daqui uns 8 anos.

Nota: 3/5